Em um mundo cada vez mais digital, a negligência em cibersegurança não é apenas uma falha, mas uma receita para prejuízos astronômicos. Os recentes dados revelam que mais de US$ 10 bilhões serão destinados à responsabilidade cibernética em 2023, apontando para uma necessidade urgente de atenção e investimento em medidas de segurança. Neste artigo, exploraremos o impacto da negligência em cibersegurança, evidenciando casos concretos no cenário brasileiro.
O Cenário Nacional: Desafios e Perdas Financeiras
O Brasil, palco de um aumento exponencial nos ataques cibernéticos, enfrentou 23 bilhões de incidentes no primeiro semestre de 2023. Um estudo da CyberRisk Alliance, conduzido em 100 empresas entre julho e agosto de 2022, revelou que 61% dos profissionais entrevistados sofreram ataques cibernéticos, resultando em uma perda financeira estimada de R$10,2 milhões. Esses números pintam um quadro preocupante da vulnerabilidade das organizações brasileiras às ameaças digitais.
Mudanças nas Táticas dos Atacantes: Foco nos Usuários e Endpoints
A pesquisa também destacou uma mudança nas táticas dos cibercriminosos, concentrando-se mais nos usuários e endpoints. Ataques de email/phishing representaram 31% dos problemas detectados nos últimos 12 meses, evidenciando a crescente sofisticação dessas investidas. A falta de um perímetro seguro, agravada pela aceleração da transformação digital devido à pandemia, expôs as organizações a ataques cada vez mais frequentes.

Vulnerabilidades e Fraquezas Humanas: Ataques via Wi-Fi
Pontos de acesso wi-fi tornaram-se pontos críticos, originando 49% dos ataques nos últimos 12 meses. Esses números destacam a fragilidade humana no ecossistema cibernético e ressaltam a importância de conscientizar e educar os colaboradores para fortalecer a proteção de dados das organizações.
Resposta às Ameaças: Nuvem e Proteção contra Vazamento de Dados
Diante desses desafios, 45% das empresas transferiram mais aplicativos para a nuvem de terceiros, enquanto adicionaram servidores DDI gerenciados na nuvem. A pesquisa sublinha a importância de monitorar a proliferação de dispositivos remotos e os riscos associados a eles. Além disso, o vazamento de dados (46%) e os ataques na nuvem (43%) persistem como preocupações centrais, mesmo que as organizações se considerem menos preparadas para essas ameaças.
O Papel Fundamental do DNS na Segurança Cibernética
O DNS (Domain Name System) emergiu como um componente estratégico, protegendo contra ameaças como tunelamento de DNS, exfiltração de dados e identificação de dispositivos suspeitos. No entanto, também se tornou um dos principais alvos de ataques.
Tempo de Resposta e IA na Cibersegurança: Aliados Cruciais
A pesquisa destaca a importância do tempo de resposta na cibersegurança. Embora 86% das organizações demorem 24 horas para investigar uma ameaça, a utilização de inteligência artificial (IA) e Machine Learning (ML) mostra-se como uma aliada crucial. A automação na detecção de riscos pode reduzir significativamente o tempo de investigação, mas deve ser usada com responsabilidade para evitar que os próprios atacantes explorem suas capacidades.
Conclusão: Investir na Segurança é Investir no Futuro
O cenário brasileiro destaca a urgência de investir em cibersegurança. Com o país sofrendo uma quantidade exorbitante de ataques cibernéticos, a negligência tem custos significativos. Além de proteger ativos digitais, investir em conscientização e tecnologias avançadas é essencial para manter a segurança nas empresas em um ambiente digital em constante evolução. Como alerta a Fortinet, interromper o cibercrime exige uma abordagem global, cooperação entre setores e uma resposta ágil às ameaças em constante evolução. A segurança da informação não é apenas uma prioridade, mas um investimento indispensável na proteção dos negócios e dados críticos.